Repetindo 2017, o início deste ano está sendo marcado por um novo surto de febre amarela. Nos primeiros 75 dias do ano passado foram registrados no país 414 casos, sendo 315 em Minas Gerais. Os dados dos primeiros dias de 2018 ainda não foram divulgados, mas no Rio de Janeiro a Secretaria de Saúde já confirmou 14 casos.
Apesar de causar dores musculares, articulares e na coluna lombar – conhecidas respectivamente como mialgia, artralgia e raquialgia – a febre amarela não provoca patologias mais severas no aparelho locomotor. Contudo, os pacientes que sofrem de artrite reumatoide devem tomar um cuidado especial.
Por ser uma doença autoimune, os tratamentos da artrite reumatoide geralmente envolvem o uso de imunossupressores. Esses medicamentos, combinados com vacinas de vírus atenuados, podem favorecer o desenvolvimento da doença que a vacina procura evitar.
Diante da importância da questão e do avanço do surto de febre amarela no ano passado, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) publicou uma nota técnica para ajudar os reumatologistas. Nos casos em que há a necessidade de vacinação diante de uma situação epidemiológica de alto risco, a SBR recomenda suspender o tratamento com imunossupressores antes de administrar a vacina, variando o grau de imunossupressão conforme a medicação que está sendo utilizada.
Em qualquer hipótese, se você sofre de artrite reumatoide e faz tratamento com imunossupressores, não tome nenhuma decisão sobre vacinação ou suspensão do tratamento antes de consultar seu médico.