A capsulite adesiva, ou ombro congelado, é uma inflamação da cápsula articular, que é o tecido que reveste a articulação do ombro. A causa da doença é incerta, mas sabe-se que ela está mais associada a pacientes com problemas da tireoide, diabetes, convulsões, pessoas tiveram pequeno trauma no ombro e/ou usaram imobilização por tempo prolongado.

 Sintomas e evolução da doença

Esta doença na maioria das vezes apresenta um curso auto-limitado, ou seja, evolui para a cura após um certo período. O tempo entre o surgimento dos primeiros sintomas e a resolução total do quadro pode durar até 2 anos.

Os sintomas variam de acordo com o estágio da doença. Na fase inicial, a dor costuma ser o único sintoma. Ao longo do tempo, a dor diminui e surge a limitação dos movimentos, como alcançar as costas ou levar a mão à cabeça. Na terceira fase, os movimentos voltam progressivamente ao normal.

Evolução dos sintomas da capsulite adesiva

Diagnóstico

O diagnóstico é basicamente feito por exame clínico. A radiografia ajuda a afastar outras hipóteses diagnósticas. Outros exames como ultrassom e ressonância magnética geralmente não são necessários.

Nas fases iniciais da doença, quando só existe a dor e não ocorre a limitação dos movimentos, erros no diagnóstico são frequentes já que o quadro clínico é semelhante ao da bursite, da tendinite e da síndrome do impacto.

Qual o tratamento da capsulite adesiva?

O tratamento pode ser desafiador para alguns pacientes em virtude da longa duração da doença e dos resultados serem de progressão lenta, demorando bastante até a melhora completa. Na maioria dos casos o tratamento consiste em fisioterapia – para alívio da dor e ganho dos movimentos – e medicamentos orais ou injetáveis como infiltrações articulares ou bloqueio de nervos periféricos. São recomendadas sessões fisioterápicas curtas, de 5 a 10 minutos, que devem ser repetidas várias vezes ao dia. Com as sessões, busca-se ganhar um pouco de movimento a cada dia.

Em alguns casos é necessário fazer o tratamento cirúrgico, indicado apenas quando a fisioterapia não teve sucesso. Mesmo após o procedimento cirúrgico ainda costuma ser necessária a reabilitação fisioterápica para prevenir o retorno da rigidez do ombro.

Por Dr. André Diniz Correa